quinta-feira, 27 de junho de 2019

Unesp utiliza jogos eletrônicos em iniciativa com crianças autistas!




Um projeto de extensão da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Presidente Prudente, no interior do Estado, trabalha na aplicação de jogos eletrônicos no desenvolvimento de crianças com Síndrome de Asperger e Transtornos do Espectro Autista.
Vale destacar que a ideia é utilizar os jogos como uma forma de terapia, estimulando o movimento e os comandos sensoriais. As atividades são realizadas pelos membros do projeto na escola Lumen Et Fides, instituição que se dedica à educação especial na cidade.
Os exergames, aglutinação das palavras “exercício” e “games”, são conhecidos como games de movimentos ou jogos que se utilizam dos sensores de captura de movimento como tecnologia principal para o funcionamento das mecânicas. O sistema é ativado por sensores que captam o deslocamento corporal.

Avanços
De acordo com especialistas, a atividade constitui uma ferramenta pedagógica para o desenvolvimento de crianças e adolescentes com autismo, utilizada há três anos na Lumen Et Fides. A instituição é referência na região em atendimentos clínicos e pedagógicos a jovens e adultos com autismo e doenças relacionadas ao controle e função muscular. Ao todo, 32 alunos de 9 a 17 anos participam das ações.
“Quando chega a terça-feira, os participantes já sabem que terão o atendimento pela Unesp, já se sentam e esperam a sua vez”, salienta Perlla Roel, diretora pedagógica da escola Lumen, à TV Unesp.
Diagnosticado com autismo aos dois anos, uma das dificuldades do João Augusto era se manter concentrado em uma atividade, como relata a mãe do paciente, Priscila München. “Ele era muito inquieto. As atividades aumentaram a verbalização deles, além do interesse pelo tablet e joguinhos de videogame. Ele não tinha interesse”, revela à TV Unesp a dona de casa.

Parceria
Graças a uma parceria com a Unesp na cidade, o jovem, que participa das ações desde 2016, é acompanhado de perto pela aluna de doutorado Gisele Silva Araújo. “Ao longo de dois anos e meio com o João Augusto, nós ganhamos tanto nas habilidades motoras quanto na interação social e comunicação”, afirma à TV Unesp.
A estudante faz parte de um laboratório de pesquisa em tecnologia assistiva e inclusão escolar. Os dados coletados durante as atividades na escola são usados nos estudos. “Já temos um diagnóstico inicial do comportamento dos pacientes. A partir das variáveis, submetemos as crianças aos jogos. Com isso, conseguimos entender as características e classificamos o jogo para cada uma, de acordo com o estímulo proporcionado”, explica à TV Unesp o professor da Unesp Manoel Seabra Júnior, coordenador da iniciativa.




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